segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O Escravismo Colonial no Américo Sul

Desde o século XV, os portugueses já mantinham relações comerciais com diversos povos da Costa Atlântica da África, negociando produtos como ouro, marfim, tecidos, ferramentas e armas, além de escravos. A partir do século XVI, o escravo africano passou a ser mercadorias mais comercializadas nas feitorias portuguesas, devido á expansão da monocultura da cana e engenhos no Brasil.
Estes eram transportados nos chamados “navios negreiros” em grandes quantidades e péssimas condições, afinal os traficantes os viam apenas como mercadorias lucrativas. No Brasil eram vendidos nos mercados, onde recebiam alguns cuidados para melhoraram a aparência e serem bem vendidos.

A utilização da mão de obra escrava nas colônias americanas está relacionada ao contexto Mercantilista ocorrida entre os séculos XV e XVIII, a substituição do escravo indígena pelo escravo africano também esta ligada ás praticas mercantis.
Além disso, os indígenas não tinham resistência imunológica a muitas das doenças trazidas pelos europeus, e, por isso, a mortalidade entre eles era alta. Outro motivo é que eles escapavam com mais facilidade do cativeiro, pois conheciam muito bem o território.
Segundo Milton Carlos da Costa em seu artigo: O Escravismo no Brasil Colonial: A interpretação de Nelson Werneck Sodré. Ele discute as analises feitas, por este historiador, que pode ser considerado como um dos maios importantes historiadores–intérprete do Brasil no século XX.Os problemas relacionados á escravidão no Brasil Colonial aparecem trabalhadas de maneira concentrada pelo historiador no capitulo relativo ao trabalho escravo e ao trafico negreiro,argumentando que a expansão ultramarina trouxe o trafico de escravos para o primeiro plano,tornando os cativos uma das mercadorias mais importantes da época. O autor afirma que o regime escravista implantado na colônia deve ser objetivo de estudos dos historiadores, pois foi sobre ele que se ergueu a estrutura produtiva decorrente da necessidade que se impôs aos portugueses de efetivar a colonização do Brasil Colonial.

Portanto, no Brasil Colonial, os escravos estavam presentes em que todas as atividades econômicas. Explorados agredidos, escravos tanto indígenas como africanos organizavam inúmeras rebeliões fundavam quilombos onde se refugiavam e viviam distantes de tudo, mas jamais aceitaram a sua condição de escravizados, alguns por influências religiosas dos jesuítas viam nesta condição uma forma de redimir seus pecados. No sul das treze Colônias Inglesas e no Caribe também havia Plantations escravistas.


As injustas “guerras justas”

Devido ás pressões da Igreja Católica, desde 1570, Portugal fazia leis proibindo a escravização dos índios. Mas a lei também dizia que os índios poderiam ser escravizados numa “guerra justa”, ou seja, quando os colonos estivessem se defendendo de um ataque, os colonos usavam a desculpa da “guerra justa” para atacar aldeias indígenas.





Referências Bibliográficas:


terça-feira, 29 de novembro de 2011

A União Ibérica e as ameaças externas na America Portuguesa.

É chamado de união Ibérica o período em que o rei da Espanha também passou a ser o rei de Portugal, assim em 1580 a 1640, Espanha e Portugal fizeram parte do mesmo reino.
Tudo começou quando o jovem rei português D. Sebastião morreu sem deixar filhos. Havia um tio bem velhinho, que faleceu pouco depois. E agora?O parente mais próximo era o primo D. Sebastião, Felipe II, rei da ESPANHA!
Umas partes dos nobres e da burguesia apoiaram a união dos dois reinos por que consideravam que a Espanha poderia proteger melhor as colônias e os pontos comerciais portugueses no Oriente, na África e no Brasil. Para convencer o restante dos portugueses, as tropas espanholas fizeram demonstrações de força. Dessa maneira, Felipe II, rei da Espanha, tornou- se também rei de Portugal.







Rei Felipe II.






















Referências Bibliográficas:

SCHMIDT, Mário. Nova História Crítica. Volume único;ed - Nova Geração.2007;
SCHMIDT, MárioNova História Crítica. 6°série;ed - Nova Geração.2007;
CAMPOS,Flávio,A EScrita da História I, vol I; ed-Escala Educacional s/a.SP 2010;

Implantação do Governo Geral


Para apoiar as capitanias hereditárias, a metrópole resolveu criar um centro administrativo. O governo Geral, para sede deste foi fundada a cidade de Salvador, na Bahia. Os capitães donatários continuaram existindo, mas vários poderes que eles possuíam foram transferidos para a autoridade do governador geral do Brasil.O governador escolhido e nomeados diretamente pelo rei, era incumbido da defesa militar interna e externa, da Justiça, da arrecadação dos tributos devidos à Coroa, do estimulo ás atividades econômicas e á fundação de vilas e povoações .
O primeiro governador foi Tomé de Souza (1449 a 1553) fundou engenhos de açúcar e trouxe animais que não existiam no Brasil como touro e vacas, para estimular a instalação de engenhos de açúcar. Ele libertou seus proprietários de impostos.
Tomé de Souza (1449 a 1553)


Os governadores gerais tiveram dificuldades para impor sua autoridade, por causa da resistência dos capitães donatários e fazendeiros e da extensão dos territórios a ser administrado. O dilema da centralização administrativa repousava em que, ale, de atrair colonos e mantê-los nos domínios do alem mar, precisava ao mesmo tempo de controlá-los e governá-los. Assim enquanto alguns poderes eram retirados das mãos dos capitães donatários e fazendeiros, estabeleceram-se órgãos e instituições em que eles pudessem participar do exercício da política e da administração.








Salvador no século XVII, além de sede do governo geral, era também um grande centro econômico, onde viviam grandes comerciantes ligados ao monopólio colonial e ao trafico de escravos. Em 1750, cerca de metade de sua população era composta por escravos.



Nas vilas foram criadas as câmeras municipais, encarregadas das funções administrativas, judiciais, políticas e financeiras locais também, chamadas de câmeras de homens bons, elas eram uma espécie de prefeitura. Cuidavam de tarefas como calçar as ruas com pedras, botar óleo de baleia nos lampiões das ruas, construir chafarizes para que a população tivesse água.

Essas câmeras não tinham nada de democrático. Só podiam participar delas os “homens bons”. Isto é, homens ricos e que comprovadamente não tivessem “ sangue impuro”, ou seja , que não fossem descendentes nem judeus nem negros.

Duarte da Costa foi o segundo representante da Coroa Portuguesa que controlou politicamente o Brasil no período dos governos gerais. Chegando ao território colonial em julho de 1553, ele veio para substituir o governador Tomé de Souza que havia pedido ao rei Dom João III para deixar o cargo concedido pela autoridade real. Em linhas gerais, sua administração teve que enfrentar diversos problemas que colocavam em risco a manutenção dos domínios lusitanos. Na sua chegada ao Brasil, ele veio acompanhado por um grupo de padres jesuítas entre os quais estavam José de Anchieta e Manoel da Nóbrega. A atuação destes dois clérigos foi de grande importância no processo de formação dos primeiros centros urbanos e instituições de ensino da colônia.No ano de 1555, este governador enfrentou sérios problemas com a tentativa dos franceses em consolidar uma colônia na região do Rio de Janeiro. O conflito desenvolvido após a chegada dos franceses foi de extrema dificuldade, pois os invasores contavam com o apoio militar dos índios que lutavam contra a presença dos portugueses. Ele permitiu a utilização da mão de obra indígena.












Referências Bibliográficas:

SCHMIDT, Mário. Nova História Crítica. Volume único;ed - Nova Geração.2007;
SCHMIDT, MárioNova História Crítica. 6°série;ed - Nova Geração.2007;



domingo, 27 de novembro de 2011

Os primeiros 30 anos da América Portuguesa :A criação do sistema de Capitanias Hereditárias.

Período pré-colonial

Junto com Pedro Alves Cabral, veio para o Brasil o Sr. Pero Vaz Caminha, que escreveu para El rei de Portugal D. Manoel, na carta ,descreveu a terra “achada” com palavras medidas e com entusiasmo sem exageros e demonstrou ta,bem surpresa côas as índias nuas, fato que entrou em choque com os costumes da cultura européia.
 Ritual indígena, que tanto surpreendeu os portugueses, considerando-os sem cultura.Será? Sem cultura ou apenas uma cultura própria de um povo ,diferente dos Europeus?


Pelo fato dos índios não possuíram ouro ou produtos de qualidade para serem vendidos na Europa. Caminha, concluiu que, o melhor seria converter os índios ao Cristianismo e usar o Brasil de escala para Portugal até as Índias. Que era o real interesse e objetivo de Portugal, a chegada ao Brasil não passou de um mero acaso, devido aos fortes ventos que os obrigaram a se afastarem do Norte da África.

Etnocentrismo: conceito dado ao processo de opressão cultural sofrido pelos índios, onde os portugueses impuseram sua cultura sob os indígenas, considerando que estes não possuíam nenhuma.
Neste período pré-colonial (1500-1532) foram enviados ao Brasil alguns navios para extração do Pau-Brasil. Quem participava deste processo, cortando as madeiras e levando aos navios eram os índios. O meio de troca entre objetos que os índios apreciavam por pau-brasil recebeu o nome de escambo.
O valor do pau-brasil inicialmente era pequeno, somente no século XVII é que foi explorado em maior escala, como complemento a economia açucareira. Não era só o pau-brasil que os interessava. 
O Pau-Brasil é uma árvore ,pouco conhecida pelos próprios brasileiros,pois sua exploração foi tamanha pelos portugueses que este quase se extinguiu.


Pau-Brasil florido
fotosdeplantas.com.br

As peles de animais, como a da onça,ta,bem eram vendidas por um bom preço. As explorações dos produtos aqui no Brasil eram feitos sob o monopólio da Coroa portuguesa. Os comerciantes precisavam de autorização do rei e tinham de pagar imposto igual a um quinto de tudo que tivessem trazido do Brasil.
Devido à imensidão daquele continente, no inicio dos séculos XVI, o governo de Portugal enviou expedições para percorrer o litoral brasileiro, a fim de conhecê-lo geograficamente.

Além dos bichos os portugueses também se deparavam com corsários (pitaras a serviço do estado) e também com franceses, holandeses e ingleses ma costa brasileira. Eles também pegavam pau-brasil  e assaltavam os navios da rota Portugal - Índias. Estes ainda contavam com a ajuda de grupos indígenas rivais, que alternavam ma aliança com portugueses ou com franceses.
O governo português enviou ao Brasil expedições guarda-costas que capturavam os corsários. Certa vez, os piratas sofreram um castigo terrível. Depois de torturados, foram amarrados e enterrados ma areia. Só as cabeças de fora. Quando a maré subiu, morreram afogados. O que nos leva a pensar: quem era mais violento, os piratas ou os que combatiam os piratas?

Em 1532 chegou ao Brasil, à primeira expedição colonizadora oficial, chefiada por Martim Afonso de Souza. Com ele cerca de 400 pessoas que fundaram a primeira Vila São Vicente, no litoral paulista.
O Estado Português tão ocupado no Oriente precisava do auxilio de particulares para colonizar o Brasil. Daí a criação em 1534 das famosas capitanias hereditárias. O Brasil para os portugueses era bem menor do que hoje devido o tratado de Tordesilhas com a Espanha.





A carta de doação dava ao donatário a “posse” de capitanias, mas não a propriedade. O rei determinava que o donatário pudesse explorar como quiser, contando que pagasse impostos. Seus filhos e descendente herdariam os direitos, mas à terra continuaria pertencendo à Coroa.
Os forais eram documentos que mostravam os direitos e deveres dos donatários. Podiam explorar ouro caso achassem, mas deveriam pagar impostos.








Referências Bibliográficas:


SCHMIDT, Mário. Nova História Crítica. Volume único;ed - Nova Geração.2007;
SCHMIDT, MárioNova História Crítica. 6°série;ed - Nova Geração.2007;


sábado, 26 de novembro de 2011

Importância histórica da Expansão Ultramarina: Início do processo de Colonização

Durante trezentos anos, uma parte do continente americano foi colonizados pelo Reino Português...



A expansão ultramarina européia iniciada no século XV transformou profundamente a História mundial, ao colocar povos de continentes distantes em um processo de interação econômica, política e cultural. A conquista do território brasileiro esta contida nesse contexto, onde um processo não apenas de interesses econômicos ou comerciais, mas de mudanças que envolveram interesses políticos, religiosos e concepções filosóficas.


A partir das vilas e cidades coloniais o território  foi conquistado e ocupado :surgiram as regiões coloniais,onde brancos europeias , nativos americanos e negros africanos conviviam de modo forçado, como colonizadores, colonos e colonizado.






O começo da colonização...


Vamos refletir: No começo do século XVI Portugal não se preocupou em colonizar o Brasil, o que fez os portugueses mudarem de idéia?
O primeiro motivo foi o receio de perder o controle sobre as terras descobertas. Afinal de contas, havia muitos piratas estrangeiros na costa do Brasil, sempre ameaçando o domínio português.O segundo motivo foi que Portugal precisava encontrar novas fontes de lucros. É que, na mesma época, comerciantes de outros países europeus, como Holanda, Inglaterra e França, já tinham aprendido a navegar até a índia. Portugal tinha perdido exclusividade do comercio marítimo do Oriente. A concorrência fazia seus  lucros começarem a cair.

Pois é, o medo de perder a posse de terra para os corsários e a busca de novos negócios levaram o governo português a tentar colonizar o Brasil. A primeira tentativa oficial aconteceu no ano de 1532, quando Martim Afonso de Souza comandou uma expedição que trouxe centenas de portugueses para viver no Brasil. Os colonos Portugueses fundaram a primeira cidade portuguesa em nosso pais, a vila de São Vicente, por isso de onde hoje está a cidade de Santos(SP).



Referências Bibliográficas:


imagens: www1.folha.uol.com.br


SCHMIDT, Mário. Nova História Crítica. Volume único;ed - Nova Geração.2007;
SCHMIDT, MárioNova História Crítica. 6°série;ed - Nova Geração.2007;


http://www.passeiweb.com/saiba_mais/fatos_historicos/geral/expansao_ultramarina 26/11/2011